sexta-feira, 5 de outubro de 2012

5 DE OUTUBRO - DIA DE SÃO BENEDITO


Nascido na Sicília, em 1526, era filho de escravos em uma propriedade próxima de Messina. Foi libertado ainda muito jovem por seu Senhor.

Manifestou desde os dez anos uma pronunciada tendência para a penitência e para a solidão. Guardando rebanhos, entregava-se à oração, e os maus tratos que recebia dos companheiros foram a ocasião para se voltar com mais fervor para Jesus, fonte de toda consolação. Aos 18 anos, com o fruto de seu trabalho, provia a si mesmo e aos pobres.

Tinha vinte e um anos quando foi insultado publicamente por causa de sua cor. A atitude digna e paciente que teve na ocasião não passou despercebida, e o líder de um grupo de eremitas franciscanos o convidou a fazer parte da comunidade. Benedito aceitou o convite, e, com o tempo, passou a ser o seu novo líder.

Por volta de 1564, o grupo se dispersou, e Benedito foi aceito como irmão leigo pelos frades franciscanos de Palermo, começando por trabalhar na cozinha.

Em 1578, eles precisaram de um novo guardião (título dado ao superior), e Benedito foi o escolhido, apesar de ser leigo e analfabeto. Ele só aceitou o cargo depois de compreensível relutância, mas administrou o mosteiro com grande sucesso, tendo adotado uma interpretação bem mais rigorosa das regras franciscanas.

A sua conduta no cargo justificou plenamente a escolha dos superiores: foi respeitoso para com os padres, caridoso para com os irmãos leigos, condescendente para com os noviços, e foi por todos respeitado, sem que ninguém tentasse abusar de sua humildade.

Sua confiança na Providência foi sem limites: recomendara ao porteiro jamais recusar esmolas aos pobres que se apresentassem. Dava a seus religiosos o exemplo de todas as virtudes. Era sempre o primeiro no coro e nos exercícios da comunidade, o primeiro na visita aos doentes e no trabalho manual.

Na direção do noviciado demonstrou uma grande doçura e consumada prudência: os noviços tiveram nele um guia seguro, um pai cheio de ternura e um excelente mestre da Escritura, cujas leituras do Ofício lhes explicava com surpreendente facilidade.

Sem saber ler nem escrever, tinha, manifestamente, o dom da ciência infusa, acontecendo-lhe de dar respostas luminosas a mestres em Teologia que o vinham consultar. A este dom unia também o da penetração dos espíritos e dos corações.

Sua vida tornou-se um exercício contínuo de todas as virtudes, e Deus lhe concedeu o dom de operar milagres.

Terminado o tempo de seu cargo, voltou novamente ao ofício de cozinheiro, felicíssimo por reencontrar a vida obscura e oculta, objeto de todos os seus desejos.

Em 1589 caiu gravemente doente, e Deus lhe revelou que seu fim estava próximo. Na recepção dos últimos sacramentos experimentou como que um antegozo das alegrias celestes. Morreu docemente no dia 4 de abril.

Foi canonizado em 1807, e normalmente em suas imagens traz o menino Jesus nos braços, que lhe foi colocado por Maria Santíssima, pela sua grande devoção, e pela suave doçura com a qual Jesus preencheu o seu coração.

São Benedito foi chamado de "O Santo Mouro", por causa de sua cor negra. Sua festa litúrgica é celebrada em 5 de outubro.

Certamente é uma dos santos mais populares no Brasil, cuja devoção nos foi trazida pelos portugueses, e são inúmeras as paróquias e capelas que o escolheram como padroeiro, inspiradas em seu modelo admirável de caridade e humildade.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

FRANCISCO DE ASSIS



Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis5 de julho de 1182  — 3 de outubro de1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo costumavam fixar-se em mosteiros, e com sua crença de que oEvangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criaçãonum tempo em que o mundo era visto como essencialmente mau, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
Dante Alighieri disse que ele foi uma "luz que brilhou sobre o mundo", e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus, mas a despeito do enorme prestígio de que ele desfruta até os dias de hoje nos círculos cristãos, que fez sua vida e mensagem serem envoltas em copioso folclore e darem origem a inumeráveis representações na arte, a pesquisa acadêmica moderna sugere que ainda há muito por elucidar quanto aos aspectos políticos de sua atuação, e que devem ser mais exploradas as conexões desses aspectos com o seu misticismopessoal. Sua vida é reconstituída a partir de biografias escritas pouco após sua morte mas, segundo alguns estudiosos, essas fontes primitivas ainda estão à espera de edições críticas mais profundas e completas, pois apresentam contradições factuais e tendem a fazer uma apologia de seu caráter e obras; assim, deveriam ser analisadas sob uma óptica mais científica e mais isenta de apreciações emocionais do que tem ocorrido até agora, a fim de que sua verdadeira estatura como figura histórica e social, e não apenas religiosa, se esclareça. De qualquer forma, sua posição como um dos grandes santos da Cristandade se firmou enquanto ele ainda era vivo, e permanece inabalada. Foi canonizado pela Igreja Católica menos de dois anos após falecer, em 1228, e por seu apreço à natureza é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente.

VOCAÇÃO




ACOMPANHAMENTO VOCACIONAL

Tem o Objetivo de propor com o exemplo e a Palavra uma imagem clara, completa e realista da vida do frade menor hoje (Cf. RFF 105). Durante o ano acontecem várias oportunidades para o discernimento vocacional: São três encontros vocacionais, Despertar vocacionais em todas nossas fraternidades, a Marcha Franciscana, e as convivências que podem ser feitas nas casas de formação. Após no mínimo um ano de acompanhamento, o candidato que estiver apto para ingressar no programa de formação do aspirantado participa do encontro de admissão no mês de dezembro, após aprovação no Conselho Custodial. Os critérios para o discernimento da vocação e idoneidade dos futuros aspirantes são:

Razoável saúde psicofísica; Necessário grau de maturidade afetiva e emocional; Autonomia e capacidade de iniciativa pessoal; Responsabilidade e auto-controle; Aceitação de si mesmo e dos outros; Espírito de colaboração; Aptidão para viver em comunidade; Espírito de oração e devoção; Interesse pelo carisma franciscano; Interesse pela evangelização e missão.





ASPIRANTADO



O aspirantado na Custódia é considerado uma etapa de formação, com um programa de formação que dura 8 meses. Neste programa o candidato faz uma experiência vocacional interna, e aos poucos vai se adaptando à vida conventual. Neste período o aspirante é chamado a uma maturidade humana, cristã e vocacional, para que o aspirante seguramente tome a decisão de trilhar o caminho da formação inicial e de experimentar a vida franciscana. O programa do Aspirantado conta com trabalhos, oração e formação teórica, e apoio quando necessário nas dimensões pastorais da paróquia.




POSTULANTADO


É uma etapa de preparação para o noviciado. Neste período o postulante reafirma a própria determinação de converter-se através de uma progressiva passagem da vida no mundo para a forma de vida franciscana. É o momento propício para que o postulante possa verificar através do acompanhamento personalizado a sua decisão no seguimento de Jesus Cristo, segundo a forma de vida de São Francisco. Conhecer e experimentar aos poucos a vida franciscana na fraternidade local e custodial. Esta etapa é composta de trabalhos, oração comunitária da liturgia das horas e devoções franciscanas, e formação teórica.


NOVICIADO

O noviciado é a uma etapa de formação intensa e tem como finalidade fazer com que os noviços conheçam e experimentem a forma de vida e São Francisco e formem sua mente e seu coração mais profundamente no espírito dele. O Noviciado é interprovincial e acontece em Catalão-GO, com a Província do SS. Nome de Jesus e a Custódia das Sete Alegrias. Neste período o noviço já é frade, porém, sem os votos religiosos.

PROFISSÃO TEMPORÁRIA

O tempo de Profissão temporária aperfeiçoa a formação inicial franciscana nos seus diversos aspectos, teóricos e práticos, a fim de tornar o Frade apto a viver mais integralmente a vida e a missão própria da Ordem no mundo de hoje, e a preparar-se para emitir a Profissão Solene. O Professo temporário participa da vida da Fraternidade local e provincial e assim vai conhecendo e compreendendo a importância da vida fraterna, aceitando a realidade e sentindo-se responsável por ela, respeitando os outros em suas diferenças.

São Francisco de Assis - 4 de Outubro



São Francisco nasceu em Assis, na Itália, com o nome de Giovanni di Pietri. Convertido a Cristo após uma juventude despreocupada, Francisco toma ao pé da letra as palavras do Evangelho e faz da sua vida uma imitação de Jesus pobre, todo empenhado em cumprir a vontade do Pai. Francisco afasta-se do antigo e tradicional conceito de vida monástica.
Em 1224 no dia 17 de setembro São Francisco recebeu as chagas de Jesus Crucificado em seu próprio corpo, este fato ocorreu em Monte Alverne, um dos eremitários dos frades.
Cria uma "fraternidade" - Primeira Ordem; as grandes ordens franciscanas que dele têm origem - Frades Menores, Conventuais, Capuchinhos - encontram em Francisco mais que uma regra, um estilo de vida.

SÃO FRANCISCO DE PAULA



VIDA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA

São Francisco nasceu em Paula, na Calábria em 1416. Seus pais eram devotos de São Francisco de Assis e a ele pediram ajuda para ter filhos. O mais velho de seus três filhos recebeu o nome de Francisco em homenagem ao santo.

Ainda bebê, Francisco adoeceu e perdeu a visão de um dos olhos; mais uma vez seus pais recorreram a São Francisco de Assis e prometeram que, se o menino curasse, ele iria passar um ano em um convento de sua ordem. A criança foi curada imediatamente. Desde cedo Francisco dava sinais de santidade e, ao treze anos, entrou em um convento Franciscano para cumprir a promessa de seus pais.

No convento ele aprendeu o amor pela oração e pela mortificação, a humildade e a obediência. Passado um ano, ele foi peregrinar por Assis, Roma e outras cidades de devoção juntamente com seus pais. De volta a Paula, ele se retirou para um lugar retirado na propriedade de seu pai para viver em solidão e depois encontrou uma caverna próxima do mar onde foi viver como ermitão por seis anos, dedicado à oração e à mortificação.

Em 1435, dois companheiros se juntaram a ele no retiro e para acomodá-los Francisco construiu três celas e uma capela. O número de discípulos aumentava e, em torno de 1454, o Arcebispo de Cosenza permitiu a construção de um mosteiro e de uma igreja. A regra de vida adotada por São Francisco e seus religiosos caracterizava-se por uma extraordinária severidade. Eles observavam eterna abstinência e viviam em extrema pobreza. A marca da ordem era a humildade e São Francisco conseguiu da Santa Sé permissão para fundar a ordem. Em 1474, Sixtus IV lhe deu permissão para escrever a regra da comunidade e para assumir o título de Eremitas de São Francisco; essa regra foi formalmente aprovada por Alexandre VI, que mudou o nome da ordem para Mínimos. Depois da aprovação da ordem, São Francisco fundou mosteiros na Calábria e na Sicília. Estabeleceu ainda um convento para freiras e uma terceira ordem para os leigos, seguindo o exemplo de São Francisco de Assis.

Ele tinha o dom da profecia e previu a captura de Otranto pelos turcos em 1480 e a sua recuperação pelo rei de Nápoles.

Quando Luis XI, rei da França, adoeceu, ele enviou uma comitiva para a Calábria com o objetivo de levar o santo à França para curar o rei com um milagre. Foi preciso intervenção papal para São Francisco ir mas, ao invés de curá-lo, preparou-o para aceitar seu destino e morrer. Carlos VIII, sucessor do rei, admirava muito o santo e durante seu reinado manteve-o próximo à corte e freqüentemente o consultava. Ele construiu um mosteiro para os Mínimos em Plessis-les-Tours e um em Roma, no Monte Pinciano. Luis XII, que sucedeu o Rei Carlos em 1498, tinha o mesmo apreço por São Francisco e não permitiu sua volta à Itália, temeroso de perder seus conselhos e direcionamento.

Os últimos três meses da vida de São Francisco se passaram em total solidão, como preparação para a morte. Na Quinta-feira Santa ele reuniu a comunidade e os exortou a ter caridade mútua e a manter o rigor da vida, especialmente a abstinência perpétua. No dia seguinte, 2 de abril, Sexta-feira da Paixão, ele deu as últimas instruções e designou um vigário-geral. Recebeu os últimos sacramentos e pediu para que lessem a Paixão segundo São João. Ele morreu durante a leitura.

Leão X canonizou São Francisco de 1519. Em 1562, os Huguenotes abriram sua tumba e encontraram o seu corpo incorrupto. Eles arrastaram e queimaram o corpo, mas alguns de seus ossos foram preservados pelos católicos e guardados nas várias igrejas da ordem.

A Ordem dos Mínimos não foi muito extensa, mas tinha casas em muitos países. A regra definitiva foi aprovada em 1506 por Julio II, que também aprovou a regra das freiras da ordem.

Como muitos dos milagres de São Francisco de Paula estão relacionados com o mar, ele foi declarado patrono dos marinheiros em 1943.